quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O Universo Tem um Propósito?


Carta de Christopher Hitchens aos ateus americanos

Caros companheiros descrentes,
Nada me impediria de me juntar a vocês exceto a perda da minha voz (ao menos a voz falada) que por sua vez é devida à longa discussão que no momento estou tendo com o espectro da morte. Ninguém jamais ganha esse debate, embora haja alguns sólidos argumentos a serem feitos enquanto a arguição continua. Eu descobri, enquanto o inimigo se torna mais familiar, que todo o apelo especial por salvação, redenção e libertação sobrenatural me parece ainda mais oco e artificial do que antes. Espero ajudar a defender e passar adiante as lições disso para muitos anos vindouros, mas por agora encontro minha confiança melhor aplicada em duas coisas: as técnicas e princípios da ciência médica avançada, e a camaradagem de inúmeros amigos e da família, todos eles imunes ao falso consolo da religião. São essas forças entre outras que acelerarão o dia em que a humanidade se emancipará das algemas mentais da subserviência e da superstição. É nossa solidariedade inata, e não algum despotismo celeste, que é a fonte da nossa moralidade e do nosso senso de decência.
Esse sentido essencial de decência está sendo ultrajado todos os dias. O nosso inimigo teocrático está à plena vista. Em múltiplas formas, ele se estende desde a evidente ameaça de mulás armados com artefatos nucleares às insidiosas campanhas para termos absurdas pseudociências ensinadas nas escolas americanas. Mas nos últimos anos, houve sinais animadores de uma genuína e espontânea resistência a essa baboseira sinistra: uma resistência que repudia o direito de valentões e tiranos de fazer a absurda alegação de que deus está do lado deles. Ter tido um pequeno papel nessa resistência foi a maior honra da minha vida: o padrão e propósito de todas as ditaduras é a rendição da razão ao absolutismo e o abandono do questionamento crítico e objetivo. O apelido vulgar para esse delírio letal é religião, e nós temos que aprender novas formas de combatê-la na esfera pública, da mesma forma que aprendemos a nos libertar dela na nossa vida privada.
Nossas armas são a mente irônica contra a literal; a mente aberta contra a crédula; a busca corajosa pela verdade contra as forças amedrontadas e abjetas que querem colocar limites à investigação (e que estupidamente alegam que já temos toda a verdade de que precisamos). Talvez acima de tudo, nós afirmamos a vida acima dos cultos à morte e ao sacrifício humano e temos medo, não da morte inevitável, mas de uma vida que é limitada e distorcida pela necessidade patética de oferecer uma adulação acéfala, ou a triste crença que as leis da natureza respondem a lamúrias e encantamentos.
Como herdeiros de uma revolução secular, os americanos ateus têm uma responsabilidade especial para defender e segurar a Constituição que patrulha as fronteiras entre igreja e Estado. Isso, também, é uma honra e um privilégio. Acreditem em mim quando digo que estou presente junto a vocês, mesmo que não corporeamente (e apenas metaforicamente em espírito…). Determinem-se em reforçar o muro laico do sr. Jefferson. E não mantenham a fé.
 

Sinceramente,
Christopher Hitchens

Fonte:ALPHA-Ateus,Livres Pensadores,Humanistas e Agnósticos

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A busca pelos nossos irmãos no Cosmos



Desde a invenção da luneta no século XVII, adquirimos uma grande admiração e curiosidade pelo universo, seu tamanho e seus mistérios, através da luneta de Galileu olharam pela primeira vez o céu com uma perspectiva diferente. As primeiras observações astronômicas revelaram que Vênus era semelhante à terra tanto no tamanho quanto na atmosfera, por séculos Vênus foi considerado por muitos como planeta irmão da terra e possivelmente teria nuvens de agua e haveria uma superfície pantanosa habitada por dinossauros. Com o passar do tempo às missões ao planeta revelaram que Vênus era na verdade um inferno com uma atmosfera densa, constituída principalmente de dióxido de carbono. Então muito começaram a depositar suas esperanças de encontrarem vida no planeta Marte.
O astrônomo amador Percival Lowell, através de observações da época, supôs que em Marte haveria canais que transportavam agua que se derretia das calotas polares, para os habitantes de Marte. Três anos depois com a publicação do livro de ficção-cientifica de H. G. Wells, A guerra dos Mundos, deu-se inicio a uma Martemania, muitas pessoas gostariam que houvesse vida em Marte, outras não. Esses pensamentos ficaram na cabeça de pessoas por muitos anos, surgiram muitas especulações de como serias os marcianos, Como seriam? Como viviam? Imaginava-se que os marcianos seriam seres inteligentes com tecnologia avançada, mas, assim como Vênus não foi detectado nenhum sinal de vida inteligente em marte.
                Segundos alguns ufólogos, existem evidencias de que há milhares de anos fomos suposta mente visitados por seres extraterrestres. Desde a metade do século XX, muitos relatos de supostas abduções por O.V.N.I.s, e muitas teorias conspiratórias sobre a Área 51, nas ultimas décadas esses relatos vem aumentando e também a busca por vida inteligente. Em 1977 um misterioso sinal foi recebido aqui na Terra e é considerado até hoje o único sinal que possa ter sido emitido por uma civilização distante. O tempo total de detecção foi de exatos 72 segundos e sua intensidade eram tão grandes que ultrapassou o limite da escala preparada para as observações. O sinal veio da constelação de Sagitário e tinha a frequência de 1420.4556 MHz, correspondente à famosa linha de 21 cm do hidrogênio, também chamada de “janela da água” em radioastronomia, isso porque o hidrogênio é o elemento mais abundante no universo,acredita-se que essa também seja a frequência mais óbvia para se tentar algum contato com outras civilizações, tanto para transmissão como para recpção de sinais.
                Desde as primeiras observações astronômicas até as missões espaciais atuais, foi descoberto muito a respeito do Universo, imaginamos civilizações espaciais inteligentes em nossos planetas vizinhos, alguns de nos foram pessimistas e deduziram que não há vida inteligente no Universo, outros foram otimistas, e encararam o fato de não haver vida inteligente no nosso sistema solar, e começaram a investigar e procurar vida inteligente. Hoje, temos sondas feitas por humanos além da fronteira do sistema solar avançando para o infinito levando um pouco de nossa história. Acho importante consideramos que vivemos em um planeta, um dos oito em nosso sistema solar. Estes planetas orbitam um estrela comum, entre as 500 bilhões de estrelas da Via Láctea, que é apenas uma galáxia entre as trilhões das galáxias existentes no Universo. Agora, imagine que em cada uma dessas galáxias existam em media 500 bilhões de estrelas, muitas dessas estrelas tem planetas orbitando ao seu redor, e que possivelmente um desses planetas abriga vida, inteligente ou não. Seria um absurdo que os humanos são os únicos seres com inteligência no Universo. Termino essa leitura com uma pergunta que eu considero clássica: Será que estamos realmente sozinhos no Universo?

Myqueas B. Wyllys

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

NASA: Voyager chega à fronteira do espaço interestelar

NASA: Voyager chega à fronteira do espaço interestelar 


O programa de exploração espacial Voyager — que originalmente enviou duas espaçonaves para explorar Júpiter e Saturno — comemorou 35 anos desde o seu lançamento. E, de acordo com a NASA, quase como uma forma de celebrar o feito a nave número 1 entrou em uma região distante do Sistema Solar, a qual pode ser a última fronteira para que a missão alcance o espaço interestelar.
Segundo a publicação, a Voyager 1 chegou a uma região que, devido ao alinhamento entre o campo magnético solar e o campo magnético interestelar, é chamada de “magnetic higway” (ou via magnética, em tradução livre). Esse alinhamento permite que partículas carregadas provenientes da heliosfera — espécie de bolha formada pelo campo magnético solar — escapem para o espaço interestelar e que as partículas presentes nesse espaço penetrem.
A NASA acredita que, uma vez que a nave ultrapasse essa barreira, a direção do campo magnético provavelmente mudará, permitindo que seja possível determinar o exato momento em que a Voyager entre no espaço interestelar. A Voyager 1 é o objeto construído pelo homem que se encontra mais distante da Terra — tendo viajado quase 18 bilhões de quilômetros — e sua entrada no espaço interestelar pode demorar de alguns meses até um par de anos.
Fonte: NASA







NASA cria página para reafirmar: o mundo não acaba daqui a 3 semanas

NASA cria página para reafirmar: o mundo não acaba daqui a 3 semanas
 Faltam praticamente três semanas para o dia 21 de dezembro. A data recebeu ainda mais atenção este ano por trazer um significado apocalíptico: neste dia, seria o fim do mundo. Uma das teorias mais conhecidas quanto a isso está no término do calendário Maia — e, a partir dela, diversas suposições começaram a aparecer.

Em meio a tantas especulações quanto ao fim do nosso planeta, a NASA lançou um vídeo na internet há alguns meses denominado “12-21-2012 Just Another Day” (em tradução livre “21-12-2012 Apenas outro dia”), em que o cientista Don Yeomans desmentia todos os cenários apocalípticos previstos para este ano.

No entanto, com a “data apocalíptica” mais próxima, a agência espacial americana se viu na obrigação de criar uma seção em seu site denominada “Beyond 2012: Why the World Won’t End” (“Além de 2012: Por que o mundo não vai acabar”). Neste espaço, são explicadas e desmistificadas as teorias sobre o fim do nosso mundo — inclusive quanto a um possível planeta Nibiru que estaria em uma rota direta para se chocar com a Terra.

Crianças estão assustadas com a história

O cientista da NASA, David Morrison, afirmou que anda perturbado devido às cartas que chegam na agência, muitas delas de crianças que estão com medo que o mundo realmente acabe no dia 21 de dezembro. Para ele, esta seria a pior parte de toda a farsa quanto ao “apocalipse” de 2012.

A agência espacial americana acredita ainda que as pessoas deveriam, na verdade, estar mais preocupadas com as mudanças climáticas e as consequências disso do que com um alinhamento de planetas — outra teoria que, se acontecer, não trará nenhum problema para nós.

Por fim, a NASA declarou abertamente que a Terra não está em perigo e que qualquer declaração contrária a isso não é verdadeira. Além disso, o planeta Nibiru não existe e toda essa catástrofe já tinha sido prevista para 2003 — contudo, ainda estamos aqui para contar a história.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Aniversário de Edwin Hubble

Hoje seria o aniversário de Edwin Hubble (1889-1953)  


Edwin Powell Hubble era advogado de formação, mas sua dedicação à Astronomia acabou lhe roubando mais tempo que a carreira legal.

Foi também onde Hubble foi mais bem sucedido, tornando-se um do mais importantes astrônomos do século XX, a ponto de seu nome hoje estar associado ao mais famoso telescópio espacial – o segundo projeto mais caro de toda a história da ciência.

Hubble nasceu em 20 de novembro de 1889 numa pequena cidade do interior do Missouri, nos Estados Unidos. Com o avô aprendeu a gostar de Astronomia e viveu a ascensão de seu país à condição de potência mundial, durante a década de 1910.

Aos 21 anos, Hubble ganhou uma bolsa para estudar Direito em Londres, voltando aos Estados Unidos após se tornar bacharel. Ele jamais fez o exame da Ordem dos Advogados, necessário para exercer a profissão. Hubble gostava mesmo era de Astronomia, e sua formação em Direito fora apenas para agradar o pai.

Aos 24 anos mudou-se para Chicago e foi trabalhar no Observatório de Yerkes, que possuía um telescópio refrator (luneta) de um metro de diâmetro, o maior já construído. Sua persistência e dedicação o fizeram ser convidado, mais tarde, para um cargo no Observatório de Monte Wilson, perto de Los Angeles, na Califórnia. Ali Hubble terminou seu doutorado em Astronomia.

Em 1917, com a Primeira Guerra Mundial, Hubble alistou-se no Exército e graças a sua excelente forma física e igual pontaria, serviu junto as tropas aliadas na França, no posto de major, mas sem nunca ter ído ao campo de batalha.
HUBBLE jamais definiu uma teoria sobre a EXPANSÃO DO UNIVERSO
Ao voltar para o Monte Wilson, Hubble dedicou-se a observação das galáxias, propondo um sistema de classificação que as subdivide em quatro grupos principais, segundo sua forma. Foi ele quem confirmou, incontestavelmente, que a Via Láctea é apenas uma entre bilhões de outras galáxias, que são como verdadeiros “universos-ilha” – centenas de bilhões de estrelas unidas gravitacionalmente.
Lei de Hubble
HUBBLE ESTUDOU A LUZ emitida pelas galáxias distantes, observando que o comprimento de onda em alguns casos era maior que aquele obtido em laboratório. Esse fenômeno, uma conseqüência do chamado Efeito Doppler, ocorre quando a fonte e o observador se movem. Quando se afastam um do outro, o comprimento de onda visto pelo observador aumenta, diminuindo quando fonte e observador se aproximam.
Animação produzida pela NASA mostra o desvio para o vermelho (e para o azul) conforme um objeto se afasta (ou se aproxima) de nós a grandes velocidades.
Em outras palavras, se uma galáxia estiver se aproximando, sua luz se desloca para o azul. Se estiver se afastando, para o vermelho. Em qualquer caso, a variação relativa do comprimento de onda é proporcional à velocidade da fonte.

Hubble deduziu que as galáxias se afastam umas das outras (desvio para o vermelho) e que a velocidade de distanciamento é tanto maior quanto maior a distância entre elas. Ele usou métodos precisos para determinar uma relação entre o deslocamento do comprimento de onda e a distância de uma galáxia. Essa relação que entrou para a história da ciência como a Lei de Hubble.

À sua revelia, a Lei de Hubble foi usada por aqueles que defendiam a expansão do Universo (Hubble jamais definiu uma teoria sobre isso). Hoje sabemos que o Efeito Doppler é apenas uma aproximação – é o próprio espaço quem cresce, aumentando o comprimento de onda e arrastando as galáxias. Muitos dos estudos quantitativos sobre a origem do Universo nasceram das idéias de Hubble aliadas as equações de Einstein. Edwin Hubble faleceu no ano de 1953. 

Fonte: http://www.zenite.nu/

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Esta é a realidade

IV - Evento Cosmos: dia 01 e 02 de Dezembro

Sagan foi um homem sempre a frente de seu tempo, uma pessoa sem medo de errar e que ensinou gerações adquirirem amor pela ciência e o planeta.
Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 — Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista, astrônomo, cosmólogo, autor, escritor de ficção científica e um grande divulgador científico norte-americano[2]. Ele passou grande parte da carreira como professor da universidade Cornell, onde era diretor do laboratório de estudos planetários. Ele é autor de mais de 600 publicações científicas, e também autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica. Foi durante a vida um grande defensor do ceticismo, fundou a instituição de pesquisas SETI, fundou a organização não-governamental Sociedade Planetária e foi pioneiro no ramo da ciência exobiologia.

Em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago.

Sagan é conhecido por seus livros de divulgação científica e pela premiada série televisiva de 1980 Cosmos: Uma Viagem Pessoal, que ele mesmo narrou e co-escreveu. O livro Cosmos foi publicado para complementar a série. Sagan escreveu o romance Contato, que serviu de base para um filme homônimo de 1997. Morreu aos 62 anos, de pneumonia, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea (mielodisplasia).
Sobre a série
Cosmos - foi uma série de TV realizada por Carl Sagan e sua esposa Ann Druyan, produzida pela KCET e Carl Sagan Productions, em associação com a BBC e a Polytel International, veiculada na PBS em 1980. A série Cosmos é um dos mais formidáveis exemplos da amplitude e eficácia que a divulgação científica pode atingir por meios audiovisuais, quando servida por uma personalidade carismática como Carl Sagan e por meios técnicos adequados.

Descrição
Carl Sagan foi o criador da série televisiva Cosmos, que foi lançada no Brasil em 1982 e obteve grande sucesso no mundo inteiro. O tema principal da série era a Ciência e as relações dela com a vida na Terra e em seus episódios foi possível conhecer um pouco mais sobre os outros planetas, quasares e questões ecológicas que afetam diretamente a sobrevivência da raça humana no planeta.
O grande mérito da série e do cientista foi ter antecipado problemas ambientais que nos afetam hoje em dia, como o efeito estufa e o aquecimento global. Pré-Programação do evento
Sujeito a alterações

Dia 1/12
13h00 – Bate papo com Danilo Beyruth
Danilo Beyruth é um ilustrador e quadrinista brasileiro, responsável pela quadrinização de O Astronauta Magnetar. (Em confirmação)

14h00 – Exploração e Colonização: o Sistema Solar e Além: A humanidade sempre explorou, fazendo as mais importantes descobertas que alteraram profundamente nosso modo de vida. A nova fronteira da exploração é o espaço, e se não possuímos ainda as fabulosas naves da ficção científica, com nossos robôs e telescópios temos realizado uma nova era de descobrimentos que revolucionaram nosso entendimento do universo e de nosso lugar nele. Nesta palestra são abordadas as histórias dessas viagens de descobrimento, os meios com que foram realizadas, e o que está por vir no futuro próximo.
Renato Azevedo

15h00 – Planeta terra - a relação entre o ser humano e o ecossistema - Um dos temas mais discutidos atualmente nas mídias e meios de comunicação é o meio ambiente, propostas de recuperação e preservação ambiental, conceitos de sustentabilidade, ideias novas, grandes e pequenas, para a solução ou pelo menos a mitigação de problemas ambientais causados pelo próprio ser humano. Mas, tais propostas são viáveis? Será possível manter o desenvolvimento tecnológico e o crescimento populacional diminuindo os impactos causados ao ecossistema? Quanto tempo o planeta resiste? Convidamos a todos a discussão e reflexão.
Melina Alvarez

16h00 – Vida na Terra e Vida Extraterrestre: Poucas coisas na Terra são tão fascinantes quanto à diversidade de seres vivos que a povoa. E um dos maiores mistério da ciência é como a vida teria surgido. Embora hoje já se tenha uma idéia de quando a vida terrena começou, ainda não sabemos como esse fenômeno tão singular teve origem. O mistério torna-se ainda maior se pensarmos na vida não apenas no nosso planeta, mas no universo. Seria a vida um fenômeno universal ou localizado? Seria ela a regra no
cosmo ou uma grande exceção? É possível que haja vida em outros planetas? Existem seres extraterrestres? Se sim, eles seriam parecidos conosco? Existiria vida em Marte?
Átila Oliveira

17h00 – “Planetas extrasolares”: Há muito a humanidade tem questionado se existiriam planetas fora do nosso Sistema Solar, se seriam parecidos com a Terra e se neles poderia haver vida. Com o avanço da tecnologia as descobertas nesse campo têm crescido a uma velocidade espantosa, e mais de 800 planetas extrasolares já foram descobertos até o momento. Quais suas características? Como são seus sistemas planetários? Estão em órbita de estrelas parecidas com nosso Sol? Poderiam abrigar vida? Tais questões serão discutidas nesta palestra, bem como as mais recentes descobertas.
Silvia Reis

18h00 - Apocalipse: Quais as verdadeiras causas do fim do mundo? Elas não estão escritas em tábuas de argila ou em algum documento. Elas são os atos do dia-a-dia do ser humano. Neste bate papo, confira o que pode levar a humanidade ao seu verdadeiro fim.
Alan Uemura e Átila Oliveira

Dia 2/12
13h00 – Presente de um Mundo Distante - Lançada como um bilhete dentro de uma garrafa no imenso oceano cósmico, a mensagem do disco dourado na Voyager diz muito mais a respeito do anseio da raça humana em encontrar aqueles que, não importa o quão avançados (ou não) sejam, poderão ser considerados seus iguais. Somos todos poeira das estrelas, lançando olhares assombrados e esperançosos para a imensidão do universo.
Douglas Camillo-Reis

14h00 – Clonagem: Pessoas criadas genéticamente seriam as melhores para a exploração espacial? Como a ficção vê esta questão?
Samir

15h00 – Microorganismos e Viagens Espaciais: Além de serem as mais antigas formas de vida, os seres unicelulares (constituídos por uma única célula) estão literalmente por toda parte: da água que bebemos e o ar que respiramos ao interior de todos os seres multicelulares. Nas palavras do paleontólogo norte-americano Stephen Jay Gould (1941-2002): “As bactérias representam o grande sucesso da história da trajetória da vida. Elas ocupam domínio mais amplo de ambientes e possuem variabilidade bioquímica maior que qualquer outro grupo. São adaptáveis, indestrutíveis e surpreendentemente diversificadas”. Em seu livro “Microcosmos” (2004) Lynn Margulis (1938-2011), microbióloga e ex-esposa de Carl Sagan, defende que os microorganismos seriam os grandes “condutores” da evolução da vida na Terra. Além disso, alguns dos mais simples desses seres, denominados extremófilos, vivem em locais cujas características físico-químicas seriam letais para qualquer forma de vida mais complexa. Os microorganismos são de fato os verdadeiros senhores do planeta.
Átila Oliveira

16h00 – Palestra “Vida e morte das estrelas”: Ao olharmos para o céu noturno podemos observar as estrelas, que nos parecem belas, eternas e imutáveis. Mas na verdade o universo está em constante transformação. As estrelas são todas iguais? Qual seu tempo de vida? Como nascem e morrem? Conheça mais sobre esses astros, suas características como composição química e temperatura, e descubra que somos todos “Poeira de estrelas”.
Silvia Reis

17h00 – Explorando o Sistema Solar e Além: Viagens espaciais tripuladas - O ser humano sempre teve o impulso inato de explorar, e graças a isso saímos das cavernas, realizamos as grandes navegações e descobrimentos, e já começamos a explorar nosso sistema solar. Seguindo o "pequeno passo" de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua na missão Apollo 11, será apresentado um histórico das principais missões espaciais já realizadas, além de projeções para o futuro.
Renato Azevedo

18h00 – Fator humano na exploração espacial: O que é necessário para o homem viajar pelo espaço. As grande ameaças a uma missão espacial estão no bem-estar mental da tripulação e a forma como os astronautas irão interagir uns com os outros.
Alan Uemura

Local: Planetário Municipal de São Paulo e Escola Municipal de Astrofísica
Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 3
Moema / Ibirapuera, São Paulo
Parquedoibirapuera.com

Fonte: http://www.aumanack.com.br

domingo, 18 de novembro de 2012

É o fim do “Deus seja louvado”!


Os críticos querem tirar a palavra ‘Deus’ da Constituição, querem tirar os crucifixos de órgãos públicos e, agora, querem tirar a frase religiosa do dinheiro... Curioso isso! Pois é uma forma de censura! A boa-democracia, por outro lado, quer acolher a todos. E quer evitar a exclusão de grupos – ainda que pequenos.

E se é assim: o correto não é censurar a expressão religiosa que se mostra nas notas. Ora, boa parte do povo que usa essas notas é composta por religiosos. Por isso, é mais indicado, é justo, não tirar a ‘expressão cultural’ de uns, mas abrir espaço para a ‘expressão cultural’ dos outros, dos outros grupos: quer de outras religiões ou mesmo de vertentes ateias.

Ou seja, tirar crucifixos e a palavra ‘Deus’ dos objetos públicos agrada a um grupo enquanto ofende a outro. É censura, é injusto, é pouco democrático. É autoritário! Pois se fosse feito um referendo, uma consulta popular no Brasil, o povo escolheria por manter a frase religiosa como expressão de sua fé. Por isso, é autoritária a retirada da frase, pois não tem o consentimento do povo – “povo do qual emana todo poder”.

Mais equilibrado seria que os diversos grupos tivessem o mesmo acesso aos mesmos espaços. Não importa se nas notas terá que ser escrito: “Deus seja louvado” ao lado de “deus não existe” e, ainda, “Incontáveis são os deuses deste mundo”. Pouco importa qual a sua opinião e crença acerca da religião. O que importa é que, dentro da Democracia, sua liberdade cultural (política, científica, artística e religiosa) esteja assegurada a todo custo.

Sim, o Estado é laico, mas as pessoas não! As pessoas, dos mais diversos seguimentos culturais, devem ser respeitadas. Por isso, é mais aconselhável que o dinheiro traga frases que representem as vertentes religiosas e ateias ao mesmo tempo, do que fazer censura a um grupo gigante para agradar a um grupo pequeno. Democracia, que se lembre para terminar: é uma tentativa de equidade para com todos, todos.


Fonte: http://www.jcnet.com.br

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pra não dizer que não falei das flores

 Nem todas as flores tem a mesma sorte, umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte. Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. Por mais independente que a pessoa seja, ela sempre vai precisar do ar pra viver. Sonhe com a vida, mas não perca a vida por um sonho.
Bob Marley

Entrevista exclusiva com Paul Zaloom, o Beakman

Texto e perguntas por Rafael Ligeiro. Colaborou Thiago Ligeiro

O ator Paul Zaloom (foto acima) é o intérprete do cientista Beakman
Crédito: zaloom.com/Howard Wise

Paul Zaloom tem muitas histórias para contar. Um mundo de histórias. Formado bonequeiro – manipulador de marionetes, se preferir – nos anos 70, Zaloom é um bem sucedido satirista político do teatro norte-americano. Contudo o personagem que tornou esse nova iorquino conhecido mundialmente não tem nada a ver com política. Tampouco começou no teatro. Trata-se do maluco e divertido cientista Beakman, estrela da série de televisão O Mundo de Beakman.
Com 91 episódios gravados entre setembro de 1992 e dezembro de 1997, O Mundo de Beakman foi uma das séries infantis mais premiadas da TV dos Estados Unidos. Apenas no Emmy Awards, principal premiação da televisão mundial, recebeu 23 indicações e ganhou três estatuetas. Sucesso que não se restringiu à crítica: o programa caiu no gosto do público; inclusive o adulto. “52% da audiência do programa nos Estados Unidos era composta por adultos”, afirma Zaloom. “Os adultos sabiam que podiam entender a ciência no programa já que era destinado às crianças”.
Por conta de tudo isso, não estranhamente O Mundo de Beakman chegou a ser transmitido em mais de 90 países. Entre os quais, o Brasil – onde, claro, obteve enorme sucesso. Aliás, a série ainda é transmitida por aqui em TV aberta: pela Rede Cultura, de segunda a quarta, a partir das 19h30 (horário de Brasília).
Aos 60 anos, pai de Amanda e avô de duas garotas, Mabel e Sadie, Paul Zaloom continua na ativa. Porém longe das telinhas: no teatro. Inclusive como Beakman. Entre junho e julho, Zaloom apresentou-se em dois eventos no Brasil. E aproveitou a estadia para conhecer o Museu de Arte de São Paulo (MASP). “É um lugar incrível e memorável”, relata o ator.
No último dia quatro, Zaloom concedeu uma entrevista com exclusividade ao Astro PT. Falou sobre o programa de TV que o consagrou, a carreira como satirista político, a estranha faculdade que frequentou, seu interesse pela ciência e muito mais.
Fato: O jaleco verde e a peruca de Beakman não foram usados durante a entrevista. Mas simpatia e bom papo, duas características marcantes do personagem, estiveram presentes.

Astro Pt: Pouco antes de vir ao Brasil você disse que tinha interesse em saber por que o Beakman era tão popular por aqui. Encontrou a resposta? 
Paul Zaloom: Não, mas continuo perguntando! Suspeito que não foi apenas o conteúdo científico, mas algo sobre o espírito anárquico do programa que realmente agrada às pessoas no Brasil.

Astro Pt: Como foi sua estadia em São Paulo? Conheceu algum lugar da cidade?
Paul Zaloom: Eu pude visitar o Museu de Arte de São Paulo (MASP), que é um lugar incrível e memorável. Em particular, gostei dos dois El Grecos, o tremendo (Paul) Cezanne, o alucinante Hieronymus Bosch e uma belíssima exposição de fotografia brasileira.

Astro Pt: Quais eram seus principais trabalhos antes da oportunidade de atuar como Beakman?
Paul Zaloom: Tenho feito shows de marionetes para adultos por muitos anos. O conteúdo é principalmente voltado à sátira social e política, com foco na política externa norte-americana, profanação do meio ambiente, e meu próprio papel hipócrita em colaborar com uma sociedade que eu critico tão veementemente.

Astro Pt: Vi uma declaração, atribuída a ti, de que você foi o único “louco” a aceitar o papel de Beakman. Procede tal informação? Se sim, por que foi “loucura”?
Paul Zaloom: Penso que não foi exatamente isso que eu disse. O que provavelmente quis dizer foi que eles descobriram o mais louco lunático que poderiam encontrar para interpretar o papel. Ajudou o fato de ser um ator iconoclasta e excêntrico (e único!) para fazer um bom trabalho no papel.

Astro Pt: O Mundo de Beakman possui algumas características bastante marcantes, entre as quais, mais de mil efeitos sonoros por episódio e câmeras fixas no estúdio. Como esses padrões técnicos foram definidos? Você participou desse processo?
Paul Zaloom: As câmeras não se moviam de jeito algum. Nada de zoom ou câmeras em grua. Elas ficavam fixas com lentes de ângulo bem amplo e nós ficávamos tão perto delas que praticamente as tocávamos. Ao invés das câmeras se mexendo, nós, apresentadores (Rato Lester, a assistente de laboratório e Beakman), nos movíamos de câmera para câmera, criando um olhar cinético e estranho, que era único para a televisão naquele tempo. O diretor Jay Dubin foi o inventor e o mentor deste olhar.


Beakman (Zaloom) entre o Rato Lester (interpretado por Mark Ritts, morto em 2009) e a assistente Phoebe (Senta Moses). Elenco da quarta – e última – temporada da série.
Crédito: Divulgação/Sony Pictures Television
Astro Pt: Há um episódio (“Blood, Beakmania & Dreams”) no qual Lester caiu após tentar sentar em uma cadeira. A Josie (a primeira das três “assistentes de laboratório” do programa) riu bastante. Tudo aquilo me pareceu extremamente natural, não propriamente encenado. Embora vocês seguissem um roteiro, era comum que alguns erros e improvisos fossem ao ar?
Paul Zaloom: Nós tínhamos uma regra: você não está permitido a parar no meio de uma tomada porque algo deu errado. Por quê? Porque muitas vezes os erros eram engraçados. Então nós os incluíamos na versão final do programa.

Astro Pt: Você afirma que na sua infância se sentia atraído por ciências naturais e dinâmica (física). Após o programa, outros assuntos, como astronomia, também passaram a causar-lhe interesse?
Paul Zaloom: Sou curioso sobre todos os aspectos do que acontecem em nosso universo. O programa despertou meu interesse em muitos aspectos que a ciência nos proporciona em uma maneira de olhar para a existência.

Astro Pt: Você trabalhou com públicos mais jovens em Mundo de Beakman, mas também desempenhou papéis com temas mais sérios, como a política, em obras como Dante’s Inferno. Qual destes gostou mais?
Paul Zaloom: Gosto deles igualmente. Eu amo atuar para as crianças no palco e na televisão, assim como é um grande privilégio atuar para adultos no palco e no cinema.

Astro Pt: Ao contrário do que muitos imaginam, O Mundo de Beakman também foi um enorme sucesso entre adultos. Até qual ponto esse resultado pode ter vindo pelo fato de que esses adultos foram crianças refreadas e viram em seu programa algo inovador?
Paul Zaloom: Eu não sei o que você quis dizer com crianças refreadas. De qualquer modo, aqui vai uma resposta: 52% da audiência (do Mundo de Beakman) nos Estados Unidos era composta por adultos. Por quê? Porque os adultos sabiam que podiam entender a ciência no programa já que era destinado às crianças. Nós não podemos nos intimidar pelo que nós entendemos como dificuldade para entender a ciência. Sabemos que um programa infantil poderia deixá-la, ao menos, mais compreensível. Inúmeros adultos me dizem que esse era o motivo pelo qual assistiam o programa, assim como pelo humor esquisito e pelo seu estilo visual estranho.
Nota: Após a resposta, expliquei a Paul o que quis dizer com refreadas: pessoas que durante a infância eram privadas pelos pais, por exemplo, de efetuar experiências científicas, semelhantes às que o próprio Zaloom executava em O Mundo de Beakman. A pergunta seguinte foi baseada nessa observação.

Astro Pt: Carl Sagan dizia que “Todas as crianças nascem cientistas, com uma curiosidade inata pelo mundo à sua volta, aplicando um método de tentativa e erro. No entanto, os adultos refreiam essa curiosidade científica inata das crianças. Algumas, poucas, passam pelo sistema de aprendizagem, e continuam entusiasmadas e maravilhadas com o conhecimento científico”. O que pensa sobre essa afirmação?
Paul Zaloom: Penso que é absolutamente verdadeira. E penso que poderíamos facilmente trocar a palavra “cientista” pela palavra “artista”. O problema com nossa educação nos Estados Unidos é o fato dela ser muito focada no que é indicado nos testes e assim por diante. Mas o verdadeiro objetivo da educação é nos ensinar a pensar, tirar conclusões, para criar soluções, ser imaginativo e criativo, intelectualmente corajosos.

Astro Pt: Aliás, por falar em crianças, há uma pergunta inevitável… Você era um bom aluno?
Paul Zaloom: Na maior parte do tempo.

Astro Pt: Você é graduado “bonequeiro” (manipulador de marionetes) pela Goddard College. Li, entre algumas coisas, que você

Zaloom retrata a corrida armamentista entre Estados Unidos e União Soviética em Crazy As Zaloom, peça teatral de 1982. Sátiras políticas também fazem parte da carreira do ator nova iorquino.
Crédito: zaloom.com/ Jim Moore
entregou apenas um trabalho por lá. E que ninguém se preocupava com um cara que praticava tiro no pátio da faculdade. Foi uma faculdade diferente das outras, não é?
Paul Zaloom: A Goddard College certamente foi um lugar bem maluco. Poderia compartilhar algumas histórias contigo, mas suspeito que você não iria acreditar na maioria delas. No entanto, tive uma grande educação porque me deixavam trabalhar com meus próprios objetos, podendo criar uma vertente educacional que resultou no meu aprendizado de manipulação de marionetes e em habilidades para o teatro, tais quais faço uso hoje.

Astro Pt: A eleição à presidência dos Estados Unidos ocorre em novembro. Até que ponto o apoio a áreas como ciência e a arte está na agenda dos atuais candidatos?
Paul Zaloom: Não muito.

Astro Pt: Você já afirmou que poucas vezes foi reconhecido como o intérprete de Beakman nas ruas. Mas quando você coloca jaleco verde e peruca a situação é bem diferente. Pessoas afirmam que seu personagem influenciou até na escolha da profissão delas. Esperava que um programa de televisão tivesse tamanha influência na vida dessas pessoas?
Paul Zaloom: Não, eu sempre fico muito surpreso quando as pessoas dizem que são cientistas por minha causa. Enquanto gravávamos O Mundo de Beakman, não tínhamos a menor ideia que teria esse tipo de impacto. Eu percebi que estávamos ensinando um pouco de ciência e dando ao público umas boas risadas. Nunca me ocorreu que poderíamos influenciar a vida das pessoas. Isso veio como um grande e bastante agradável choque para mim, e eu sou eternamente grato de ter a oportunidade de influenciar as escolhas das pessoas com relação às carreiras que elas iriam escolher.

Fonte: http://astropt.org

Fatos não ocorridos que povoam a internet -Leões devoram um turista



Pesquisei nos principais sites onde encontramos os boatos de internet (hoax) e as lendas virtuais catalogadas e não encontrei qualquer referência oficial que classificasse este vídeo como seguramente falso. O que existe são várias opiniões pessoais de alguns (poucos) que os defendem como verdadeiros e outros (a maioria) que afirmam serem falsos.

Entre os diversos motivos apresentados como evidência de que este vídeo é uma armação, relaciono abaixo as explicações do repórter Toby Sterling complementadas com minhas próprias observações:

1) O fato do nome do cineasta Antonio Climati estar relacionado com estas filmagens já faz qualquer pessoa, que conhece o seu trabalho, ficar com um pé atrás quanto à veracidade da matéria. Este diretor é conhecido no meio cinematográfico como produtor de vários fakes.

2) Agora vamos dar uma olhada no nome da suposta vítima. Ele é identificado como o belga Pit ou Pitt, porém com um sobrenome que difere de um crédito para o outro: Durnet, Dernitsch e Dernitz. Ninguém sabe dizer com certeza qual é o nome correto deste turista "irresponsável".

3) Os nomes da esposa da suposta vítima e seus filhos também aparecem em algumas versões: Carol (esposa), Graham e Kim. Estes nomes aparecem apenas vinculados aos vídeos e não aparecem em nenhum outro lugar.

4) Já o nome do local onde acontece a suposta tragédia também é meio obscuro. O parque é chamado "Wallassee" que uns afirmam que fica em Angola e outros na Namíbia. Porém, na lista dos parques localizados nestes dois países não existe nenhum parque com o nome de "Wallassee".


5) As cenas possuem vários problemas de lógica:

a) Por que desviar a câmera do foco principal (o ataque dos leões) para filmar o desespero da família da vítima? Se descartarmos a possibilidade daquele que está filmando ser um sádico doentio, só nos restarão os motivos cinematográficos.

b) Em nenhum momento é mostrado no filme a vítima sendo gravemente mordida. Não existe sequer muito sangue. Aqueles dois filetes de sangue na perna são muito suspeitos, pois como eles escorreram daquela forma se a vítima estava deitada?

c) O ataque dos leões também é muito estranho. Um deles se deita em cima da vítima como se estivesse brincando. Sabemos que predadores como os leões preferem atacar a região do pescoço com uma mordida forte e dilacerante (não ficam mordiscando aqui e ali enquanto a vítima está viva).

d) A atitude das pessoas ali presentes não parece ser a forma natural como deveriam agir frente uma tragédia daquelas. Ninguém atira sequer uma pedra ou um pedaço de pau nos leões.

e) Perceberam no final do filme quando o jipe do parque se aproxima os leões batem em retirada? Será que ninguém dos outros carros pensou em ligar o motor e investir em cima dos leões? (o narrador alega que o terreno impedia isto, mas não é o que vemos no filme). Outra coisa é que os leões não abandonariam tão facilmente sua presa como o fizeram, e caso resolvessem sair dali, a levariam junto consigo.

f) Neste safári em plena África e em meio a leões vorazes será que não existia nenhum guia devidamente equipado com uma arma de fogo ou com sonífero para qualquer eventualidade?


g) A cena acontece o tempo todo ao lado de um jipe do parque parado e com ninguém dentro. O que este veículo faz ali? Onde estão seus ocupantes? Será que foram dar um passeio a pé nesta região cheia de leões?

h) Com tanta carne por ali a disposição, por que será que a leoa, ao invés de sair com um pedaço de carne na boca, sai toda saltitante com a câmera da vítima? Será que ela quer filmar seus filhotes?


Concluindo as explicações que nos leva a crer que o vídeo do turista sendo devorado por leões não passa de uma farsa armada, apresento as principais contradições internas:

1) Os ângulos de câmera não combinam. E há muito mais deles do que se poderia obter através de duas ou até três câmeras em um único evento.

2) Algumas cenas são filmadas com a câmera tremendo e se movendo de forma rápida evidenciando um amador filmando e demonstrando toda a tensão do momento, porém outras cenas são gravadas de forma estável e bem tranquila demonstrando a frieza de um verdadeiro profissional.

3) O corte que acontece momentos após o ataque se iniciar é realmente muito suspeito.

4) Se levarmos em consideração tudo o que foi filmado e da forma como foi, percebemos que existiram claros motivos cinematográficos por traz de cada cena (o conjunto de cenas está rebuscado demais para ter sido feito ao acaso por amadores em um momento de total estresse).

5) O local em que o homem é abatido pelos leões e o local onde ele está sendo devorado ao final, não parece ser o mesmo.


Existem várias outras inconsistências, mas acredito que as elencadas acima já são suficientes para fazer qualquer pessoa de bom senso reconhecer que tudo não passa de uma farsa.

Nas explicações do repórter Toby Sterling ainda existe uma declaração que supostamente foi feita pela pessoa que interpretou a esposa da vítima, mas como ele não cita a fonte fica difícil saber se é verdadeira:

"Pois é, isso foi um fake e eu realmente estava lá com meu amigo Bnoxy que foi meu motorista. Algum estúdio profissional (hum, qual era mesmo o seu nome?) foi locado por toda uma semana para que o filme inteiro fosse feito."


Apesar de existirem tantas evidências de que tudo não passou de um fake, ainda existe alguns que defendem a possibilidade do fato ter realmente acontecido e que algumas cenas são reais, mas que foram misturadas (completadas) com outras encenadas por atores e por leões mansos.

Seriam estas supostas cenas "reais" aquelas em que os leões aparecem com a vítima em um local diferente ao do ataque?

Se tudo não passou de uma mentira forjada, como ainda explicar o fato de uma revista de circulação nacional ter documentado o episódio com todos os detalhes de uma notícia real?

Eu não tenho dúvidas que o filme é um fake, porém devo reconhecer que algumas perguntas ainda permanecem sem resposta.

Não quero encerrar esta postagem com uma imagem negativa dos leões. Estas belas e poderosas criaturas da natureza são apenas animais irracionais com instintos selvagens que deveriam estar no seu habitat natural sendo devidamente respeitados e protegidos da ação predatória daqueles que se consideram racionais, mas que não passam de uns estúpidos e idiotas.

Alguns leões podem eventualmente ser domesticados e quando isto ocorre temos as belas e emocionantes cenas que você pode assistir sem medo logo abaixo:
                                              "SEJA HUMANO PARA OS ANIMAIS"













Veja mais em: http://saudesabervirtude.blogspot.com.br/2010/02/leoes-devoram-um-turista-fato-ou-fake-1.html
                    http://saudesabervirtude.blogspot.com.br/2010/02/leoes-devoram-um-turista-fato-ou-fake-2.html
                    http://saudesabervirtude.blogspot.com.br/2010/02/leoes-devoram-um-turista-fato-ou-fake-3.html

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A dicotomia das cotas: inclusão ou exclusão?

Recentemente, o senado brasileiro aprovou uma lei que reserva metade das vagas em universidades federais para candidatos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas. Sendo a distribuição dessas dependentes de critérios econômicos e raciais. Se a lei for aprovada pelo poder executivo,as direções das universidades deverão acatá-la, sem sequer direito à argumentação. A educação brasileira, e em particular a educação pública, historicamente, deixa a desejar. Há mais de três meses, o país está sendo assolado por greves, em quase todas as universidades federais, decorrentes de anos de descaso com a qualidade de ensino e com as condições de trabalho impostas aos professores.
Embora haja o argumento de que o sistema de cotas é necessário graças à dívida histórica que o Brasil tem com relação à política escravocrata que se estendeu até o fim do século XIX, a democratização da educação superior no Brasil através das cotas não repara as injustiças cometidas no passado. O sistema de cotas então, entra em vigor não como uma medida provisória paralela a modificações e planejamentos para a melhoria da educação, mas sim como ferramenta que apenas facilita o ingresso em uma universidade sem, no entanto, medir possíveis consequências.
O fato de um aluno ser proveniente de uma instituição pública de ensino não significa que ele seja incapaz de acompanhar o ritmo de ensino de uma faculdade federal. No entanto, o estado deplorável das escolas públicas de nosso país não pode e nem deve ser usado como argumento para o ingresso de alguém na universidade. Inquestionavelmente, um ensino forte gera alunos mais preparados, e é por isso que as mudanças têm que ser feitas já da base; caso contrário, os alunos encontrarão dificuldades no ensino fundamental, consequentemente no ensino médio e, obviamente, no ensino superior.
Biologicamente falando não existem raças entre os seres humanos, etnia e condição financeira teoricamente não deveriam diferenciar ninguém. Na prática, contudo, são esses dois fatores que muitas vezes indicam a forma como pessoas de diferentes esferas sociais têm contato com a educação de qualidade. As cotas não ajudam nesse sentido, já que é garantido, em Constituição, o direito à educação pública de qualidade a todo cidadão brasileiro. O sistema de cotas, diferentemente do que se argumenta, é apenas mais uma ferramenta de segregação racial e social. Se o problema é uma dívida histórica, por que não a criação de uma cota para as mulheres também, que até a década de 1870 no Brasil eram proibidas de cursar a universidade?
Disfarçar a ineficácia do sistema de ensino público se utilizando da distorção do pensamento de inclusão social é manter a hipocrisia de que todos são tratados igualmente em nosso país. É tentar resolver um problema criando outro. É uma maquiagem bonita para enganar, quem se deixa ser enganado. A questão não deve ser o tratamento desigual aos desiguais, mas sim condições iguais para que os desiguais possam competir de modo mais leal.

Veja  mais em: http://sociedaderacionalista.org/2012/10/30/a-dicotomia-das-cotas-inclusao-ou-exclusao/